quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Até Breve


Essa é uma linda história de amizade, entre um anjo e sua protetora (Popó e Gertrudes). Com certeza, esses serão os dias lembrados pelo Popó, onde teve dedicação e amor sinceros. Isso não é uma despedida, é um "até breve".

 “Há uns oito anos, sempre que abria o portão, lá estava ele, vagando na avenida, o que me  preocupava bastante.
Muitas vezes o vi com as orelhas sangrando, a visão já estava comprometida, então comecei a investigar sua vida: foi paparicado quando filhote; já adulto, sua dona faleceu e este foi repassado para alguém da família. Sem atenção e carinho passou a comer quando sobrava e vivia pela rua, era um baixinho que não fugia de briga, por isto recebeu o nome de POPÓ, em homenagem ao pugilista baiano.
A partir deste momento passei a acompanhar o seu dia-a-dia.  Certa vez senti sua falta, decidi procurar os responsáveis e para minha surpresa, ele havia sido atropelado e colocado no quintal.
É assim o que acontece com muitos animais, ficam morrendo aos poucos sem o socorro de quem deveria protegê-los.
Imediatamente o socorri e após alguns dias na clínica veio para minha companhia, não podia ser diferente e durante dois anos foi cuidado, voltou a andar, ficando uma sequela na pata traseira, que era o seu charme marcante quando vinha correndo ao meu encontro.
 Quando me despedia dele a noite (deitado na sua casinha) falava:  você agora tem uma família que te ama e nunca mais voltará a dormir nas ruas.  Ele fingia dormir e quando me distanciava, abria um pouco o olho que ainda enxergava, pois sabia  que  eu não resistia e voltava. E é essa doce lembrança que quero guardar no meu coração.

E assim o meu POPÓ se foi, levando um pouco de mim, após sete anos dando exemplo de lealdade, dedicação, gratidão e amor.”

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A história da vida do pequeno Davi: um lindo filhote de gato

Não entendi porque me deixaram rastejando nas calçadas, queria apenas um pouco de atenção e alimento, por ser filhote e deficiente não tinha como me proteger  das maldades dos que se dizem racionais. Enfim, alguém notou a minha presença, pediu ajuda e minhas protetoras me acolheram.

Fiquei uns dias na clínica, mas o que eu queria mesmo era brincar, ter liberdade como todo filhote inquieto.

Fiquei todo feliz ao chegar num local onde  tive todas as oportunidades que desejava: dormir bem, ser alimentado, ter água limpa, brincar, demarcar território quando queriam tomar meu alimento e paparicado quando minhas protetoras tinham um tempinho.

Ganhei um lindo nome  DAVI(acho que me senti um rei) e assim vivi um bom tempo.

Um dia me senti mal, mas fiquei quietinho não queria causar tristeza, preferi  poupar que minhas protetoras sofressem.  Tive uma vida curta, porque as prevenções iniciais me foram negadas, mas o pouco tempo que convivi  com meus amigos aproveitei bem.



N.B.  DAVI  nos deixou dia 05 de setembro, a presença continua na nossa mente e coração.  Viajou para o lado dos bons.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O SOFRIMENTO TORNA UM ANJO VALENTE



Entre tantos exemplos de superação, mesmo após tanto sofrimento, eis aqui o nosso VALENTE. Por que ganhou este nome? Passou vários dias sem condições de se locomover a espera de alguém que parasse por um momento e olhasse a sua grave situação. Como acontece sempre, abandonado e vagando pelas ruas tentando sobreviver, foi atropelado e precisava defender-se das possíveis ameaças que o rondavam.

Mas, anjos bons também existem. O pedido chegou até nós e não poderíamos ficar indiferentes.

Ficou muito tempo internado. Enfim era necessário uma cirurgia e colocação de alguns pinos para tentar reconstruir sua perna. Mais uma vez foi VALENTE e superou mais uma etapa.

O tratamento foi longo e doloroso, em nenhum momento demonstrou fraqueza.

Mas, infelizmente os ferimentos não cicatrizavam o retorno a clínica era necessário, veio a constatação: a amputação.

A estadia de 45 dias na clínica e a dedicação do médico foi importante na recuperação do nosso anjo que ganhou mais um padrinho, o Dr. Marcelo.

Pra quem acha desperdício gastar tanto com um animal numa situação desta, respondemos: A alegria e o brilho no olhar desse animal ao retornar ao ambiente onde sente-se seguro e amado é algo que poucos podem sentir.

 
Aqui está o nosso VALENTE, agora tem sobrenome: GUERREIRO. VALENTE GUERREIRO ficará conosco até quando sua bravura persistir em nos dar exemplo de que fraco é quem não tenta vencer as dificuldades.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

UMA LIÇÃO DE VIDA

Hoje encontrei seu cão.

Não, ele não foi adoptado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum, não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso.
Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas.
Fiquei preocupado. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei.
Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direcção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilómetros em 24 horas.
Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento.
Seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.
(Autor desconhecido)
FONTE: http://www.sosanimal.com/html/body_uma_licao_de_vida.html

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Marimar! A guerreira!


Mais um caso de covardia! Os gatos foram abandonados sem nenhuma chance de defesa, e não sabemos o que foi feito com a mãe deles, provavelmente ficou vários dias a procura de sua prole em vão.

Vejam o olhar de desespero desse belo animal, ele nos suplica por mais uma chance e pelo direito de viver e sobreviver sem maus tratos.

Tentamos, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, lutamos para salvar a vida dela e seus dois irmãozinhos que foram encontrados próximos a prefeitura do Crato, mas infelizmente eles não resistiram aos maus tratos e se foram, mas antes nos deram mais um sinal que nossa LUTA DEVE CONTINUAR SEMPRE E SEMPRE!

MARIMAR, a sua breve vida não foi em vão! Seu olhar tocou nossos corações e nos despertou uma CORAGEM, FORÇA E DETERMINAÇÃO ainda maior por essa nobre causa.

Protetora Antônia, muito obrigado pelo belo gesto que você teve com a Marimar.

Tibúrcio R. Rodrigues

segunda-feira, 13 de junho de 2011

VIDA NOVA PARA FLORA


A história da FLORA é igual a tantas outras que encontramos no dia a dia de protetoras. Acolhida bebê, todos lhe davam atenção, afinal filhotes são lindos, não? Mas Flora cresceu e foi ficando "desinteressante", até que a jogaram na rua. Com um amor tão grande pela família que ela imaginava ser verdadeiramente sua, ficava na calçada, em frente aquilo que sempre conhecera como sua casa, esperando alguém aparecer. Quando escutava qualquer barulho, equilibrava-se nas patinhas traseiras na esperança que a deixassem entrar.

O amor da Flora, sua ingênua insistência, incomodou àquela família, e na frieza tão característica de quem não se importa com os animais, foi amarrada por um cordão no pescoço e levada para o CCZ. No abandono e desespero que aquele lugar representam, na falta que sentia da sua família, fiel e determinada, conseguiu fugir e inocentemente voltou. Na rua, sofrendo com as chuvas, o cordão molhado no pescoço causou-lhe uma micose. Para os "donos", este era o motivo de não acolhê-la novamente.

A dedicação e insistência da Flora tocou nossas protetoras, Gertrudes e Vera. A espera por uma nova família tinha que valer a pena. Era absolutamente necessário que se retribuísse este amor
tão puro. Ela precisava ser notada, respeitada, e acima de tudo, sentir-se segura e amada.

Aqui está nossa linda FLORA, esterilizada, vacinada e curada da micose, com uma família maravilhosa e digna, bem adaptada, amada e cheia de mimos.

Obrigada Simone por acolher mais um anjo na sua casa, a Flora será
eternamente grata e nós, porque sabemos que ela encontrou a família
certa.

domingo, 12 de junho de 2011

ADOÇÃO SEM PRECONCEITO



O amigão da foto é um super-vencedor. Foi socorrido pela protetora Tó quando era torturado por uma "bicheira", resultante de um ferimento de origem desconhecida. Os que se diziam seus "donos" nunca lhe prestaram socorro. Mas se um vencedor tem que ter sorte também, encontrou uma protetora que nunca ficaria indiferente ao seu sofrimento. Seu estado de anemia impôs-lhe a necessidade de uma transfusão de sangue; a equipe da Clivet foi mais uma vez brilhante. Após quase dois meses de tratamento, saiu da clínica para o melhor lar que poderia ter. Sorte novamente? Foi adotado pela nossa pequena grande protetora Amanda, que já tinha acolhido um cão muito querido, vira-lata legítimo, nosso amigo fiel. É lindo ver o passeio dos dois pela Praça da Sé!!! À família que ama sem preconceito...nosso eterno obrigado!